Lembranças... [2]

Hoje, passei em frente à sua nova vaga de estacionamento. Novamente me veio a esperança frustrante de te ver. Esperança porque sei que está lá; frustrante porque sei que não vou te ver. Porque você está perto, mas distante de mim, dos meus braços, do meu colo, do meu coração.
As vezes, fico pensando no que falar quando tiver a oportunidade, como vou agir, quais gestos vou fazer. As vezes penso em não falar nada, simplesmente te olhar, sorrir e dar um beijo. As vezes penso em não fazer nada, porque foi tudo uma grande ilusão. E esse sentimento é o que mais chega perto do real.
Sei que devia esquecer, partir pra outra, ser feliz. Mas não consigo. Simples assim.

"Me diga onde é o seu esconderijo
Estou preocupado que vou esquecer seu rosto
E eu perguntei pra todo mundo
Estou começando a achar que te imaginei o tempo todo".

Ouvindo: Cornerstone, Arctic Monkeys.

Lembranças

Passei em frente à vaga em que você costumava estacionar, e me veio uma esperança, quase que boba, de ver seu carro lá. E me bateu saudades. Na verdade, sinto saudades suas todos os dias, o vazio não sumiu. Tento preencher com trabalho, ocupações, outros sentimentos. Mas o que é - ou era pra ter sido - seu está aqui, guardado.
Mas, hoje em dia, estou sabendo lidar com a falta que você está fazendo. Quando me bate uma lembrança sua, não mais começo a chorar e me odiar como antes. Apenas lanço um sorriso ao universo. Confesso erroneamente que faço isso pensando se as vezes você faz o mesmo. Mas no fundo, no fundo, sei que não. Afinal, não foi nada, né?
Creio que você achou seu lugar no coração de alguém. Ainda me restam esperanças de que vai acontecer o mesmo comigo. Só desejo o seu bem.