sexta-feira, 16 de julho de 2010

Licença...

Peço licença à minha mãe
para sair semi - nua
Peço licença ao seu guarda
para poder dormir na rua
Peço licença à justiça
um alvará de soltura
Peço licença ao livro
Para ir na feira da lua

Peço licença à estilista
para pagar 500 reais num trapo ridículo
Peço licença ao arco - íris
para imitá -lo e andar colorido


Peço licença - poética
Pra mim falar errado
Peço licença ao português
p exclever td abrev.

Peço licença à inteligência
Para assistir BBB
Ligar para eliminar aquela "sem afinidade"
E torcer para a bonitona vencer.
E quando passar horário político?
"Ah, vou desligar a TV"

E enquanto isso, deixamos o sistema feliz
Gerando cada vez mais gerações imbecis
Esquecendo nosso cérebro, esquecendo o português,
Abusando do "copiar e colar", usufruindo do internetês =/

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Você sabe onde dar sua martelada??

Estes dias, na aula de Direito Público (ou de Teorias da Administração, não me recordo agora), o professor nos contou uma história que me fez parar para pensar. Vou contá - la pra vocês:

Era uma vez uma empresa, muito grande e potente, que produzia milhões por dia. Tinha as máquinas mais sofisticadas, velozes e caras. Os donos dessa empresa se sentiam muito felizes e satisfeitos com sua empresa perfeita.
Certo dia, de repente, tudo travou. As máquinas pararam de funcionar, e imediatamente as ações da empresa começaram a cair. Os administradores, preocupados, chamaram a assistência. Eles vieram, mexeram, mexeram, e não encontraram nada. No dia seguinte, mesma coisa: tudo parado. Os sócios se juntaram, e ligaram para todos os especialistas que conheciam; ninguém conseguia resolver o problema. Passaram três dias, e a empresa continuava quieta. os Administradores estavam enlouquecidos, já não sabiam mais o que fazer. Foi quando um deles disse: olha, eu tenho um vizinho, que é encanador. Ele tem experiência no assunto, talvez ele resolva nosso problema. Outro deles disse: você está maluco?! Chamamos as pessoas mais inteligentes que conhecemos para ver nossa fábrica, e nenhum deles conseguiu resolver! Acha que um encanador velho poderá nos salvar? Mas, o homem respondeu: não custa nada tentarmos.
Então, como uma ultima tentativa, chamaram o homem. Era um senhor de idade avançada, macacão sujo de graxa, com uma maletinha de couro ruim. Ele chegou na fábrica, andou por todo o barracão, e de repente, parou. Retirou da sua maleta um martelinho de borracha, andou até uma parede e fez "Ahh!". Aproximou o martelinho da parede e deu uma batida de leve. Imediatamente todas as máquinas começaram a funcionar. Foi aquele clima de festa! Os administradores se abraçavam, gritavam vivas e davam risadas. Tudo voltou ao normal!
Um deles chegou no pobre homem, e disse: meu senhor! você salvou nossa empresa! Quanto custou este favor? - 100 reais, disse o homem. - Você está maluco? 100 reais por uma martelada? Isso não é coisa deste mundo! Mas, um dos sócios disse: bem, você salvou nossa empresa, é justo lhe pagarmos esse valor. Por favor, faça uma nota com os custos e despesas, para podermos passar ao setor financeiro e fazermos o pagamento.
O velho tirou um papel e uma caneta do bolso, e escreveu o seguinte:

Uma martelada - 1 Real
Saber onde dar sua martelada - 99 Reais.



Bem, a moral da história é aprendermos a dar valor à quem tem experiencia. Mas, diante desse exemplo, a gente começa a pensar várias outras coisas. "Será que estou sabendo onde dar minha martelada?" "Será que eu achei a parede certa?" "Será que estou cobrando o valor certo pelo meu trabalho?" "Será que não estou batendo na parede errada?"
Todas essas perguntas confundem nossa cabeça, pois vivemos em um mundo tão acelerado, que não nos permite pensar duas vezes. Não nos permite perder tempo com coisas e pessoas aparentemente "incapazes". Não nos permitimos dar voz à experiência.
E é muito fácil a gente se frustrar diante das situações quando não dão certo, porque sempre pensamos: puxa, porque eu não pensei nisso?!" E é justamente por causa dessa "vida, louca vida" que vivemos.

Precisamos aprender a dar tempo para nós mesmos. Precisamos aprender a dar ouvidos sim, aos mais velhos. precisamos saber onde dar nossa martelada. Sem ajuda de algum tutorial da internet.

(ficou auto - ajuda, droga... bem, não era minha intenção, mãããs... que faça valer a pena!)